É sempre tempo de fazer o nosso melhor. O melhor de hoje pode não ser o mesmo de ontem. E o melhor de amanhã pode ser menor ainda que o de hoje.
O melhor se compreende no uso do espaço que temos disponível diante da nossa consciência. Se tivermos espaço para correr, então correr é o melhor. Se o espaço for pouco para nos movimentarmos, então o melhor é movimentar pouco. Se não há espaço, a sabedoria, que é o nosso melhor, é permanecer ciente de que a pausa também é necessária na jornada. A tormenta nos diz que devemos nos abrigar, mas também deixa claro que na bonança o dia se abre para recuperarmos o tempo perdido.
Tem dias que o coração anda apertado. Tem dias que o horizonte parece mais distante do que normalmente é. Tem dias que as flores do nosso caminho parecem fugir aos nossos olhos. Que besteira, acreditar que as flores podem se mover. Mas, com o coração apertado, a gente acredita em muita besteira.
Na verdade, tudo o que a gente precisa é um pouco de amor para curar as feridas. Mas... Tem dias que o pouco de amor não está em nosso caminho. Nem as flores, nem a bonança. E a gente tem que seguir mesmo assim, fazendo o nosso melhor.
Que fique aqui, então, o melhor de hoje, que é escrever esse pouco. Do pouco que se tem, entre o muito que se deseja e o infinito vazio dos dias de tormenta.