Há muitos meses que esse espaço para idéias está com a estrutura pronta. A idéia de escrever sempre me motivou, porque as palavras são importantes veículos do pensamento e das emoções. Sempre escrevi para mim mesmo, porque o ato de escrever, mesmo que sem um destinatário exterior, é um exercício de auto-conhecimento e de organização das idéias e sentimentos. Não raro o ato de escrever se tornar uma terapia, ao promover a harmonização íntima de quem escreve por dar forma aos impulsos desordenados da mente e do coração. Isso acaba por promover a conscientização acerca do que nos aflige, facilitando a nossa compreensão e a solução de eventuais conflitos, ao mesmo tempo em que exalta as luzes do que temos de bom e que muitas vezes permanece à sombra da nossa consciência, oculto pela nossa auto-crítica e negatividade.
Saindo da esfera pessoal, temos que o ato de escrever, quando compartilhado, promove a aproximação das pessoas, de um modo geral, e mais especificamente o auxílio ou o acréscimo à bagagem daqueles que lêem, por exposição de sentimentos e pensamentos que pertencem a um determinado ser humano, diferente de qualquer outro. Nesse contexto que surgiu a idéia desse espaço. Não desenvolvo aqui pretensões literárias, caminhando entre os signos e siginificações da arte. Isso eu deixo aos escritores e poetas! Também não desejo criar adornos ao meu próprio ego. Aquele que escreve é apenas veículo das idéias, assim como a concha obscura é o lar de formosas pérolas.
Meu desejo – pretensioso, talvez – é compartilhar a beleza e as luzes que a vida me oferece. Possivelmente as nuanças são múltiplas e cada um possui suas próprias maneiras de ver a vida, mas espero que alguma coisa em minhas palavras possa servir para nos aproximar de um todo mais feliz e mais iluminado, um mundo em que nossos esforços sejam cada vez mais fraternos e nossas vidas, mais leves e alegres.
Hoje eu escrevo e amanhã serei história. Passarei, como passaram a carne e os ossos dos que me precederam. Contudo, as luzes das idéias e do amor permanecem pela eternidade. Enquanto a partida é inevitável, as escolhas são sempre facultativas. Minha luta é fazer de minhas escolhas oportunidades de se criar o bem comum, como uma centelha humilde de Amor Divino que passa por mim e se espalha ao meu redor. Para que, quando eu não mais estiver aqui, alguém possa lembrar-se de mim e sorrir: “Esse, pequeno, foi alguém que amou a vida, o mundo e as pessoas”.
Enfim, sejam benvindos ao meu espaço das idéias. Jovem e imaturo, mas nutre grandes esperanças!
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