Pensei um muitas coisas para escrever, mas o tempo tem sido escasso para produzir um bom texto. Assim, deixarei as borboletas voando sobre o jardim.
Volto depois, com o meu quadro de palavras.
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René Magritte. La Condition humaine. 1933
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Alberto Caeiro - O Guardador de Rebanhos
XLI - No Entardecer
No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa...
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão ...
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...
Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo
Porque a imperfeição é uma cousa,
E haver gente que erra é original,
E haver gente doente torna o Mundo engraçado.
Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos,
E deve haver muita cousa
Para termos muito que ver e ouvir...
Um comentário:
E existe melhor texto, do que as borboletas voando sobre o jardim?
A melhor semântica é aquela que entendemos como poucas palavras, isso basta!
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