quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ainda sobre o Amor

O Amor liberta.



O que de alguma forma nos prende, não é Amor. Pode ser uma simpatia, pode ser um gostar. Mas se não nos dá liberdade para ser o que somos, não é Amor.

O Amor não tem lista de direitos e deveres. Não assinamos um contrato quando resolvemos gostar de alguém. Contrato temos nos negócios, porque precisamos nos proteger quanto aos danos de uma má atitude alheia. A proteção é um escudo, uma armadura, um muro que limita a ação externa. Mas e o amor, que é uma troca, por excelência? O muro ajuda e evitar que o mal entre, mas também dificulta a entrada do bem. E se dificulta a entrada, dificulta a saída. Que troca é essa, que tem que driblar muros para existir?

Amar pede liberdade. Sem barreiras. Sem condições. Sem deveres.

Amar pede aceitação. Se não aceitamos, não amamos. As pessoas confundem as paixões com o amor. A paixão está fundamentada no desejo, no receber, nas ilusões do ego. O Amor não. O Amor é doação.

O Amor é. O Amor não depende. O Amor é paciente. Como diria Paulo na sua primeira epístola aos Coríntios: “O Amor é sofredor, é benigno; o Amor não é invejoso; o Amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Quem vivencia o Amor verdadeiro, ganha asas para elevar-se acima das viciações humanas, colocando-se em templo seguro de paz, harmonia e felicidade.

O Amor nos faz sentir bem. Se o que pensamos ser Amor está nos deixando desequilibrados, angustiados, chateados, ressentidos... Melhor revermos os nossos conceitos e buscarmos o quanto antes a chave do cadeado, nos libertando das correntes, dos muros, dos escudos. Mas uma coisa é certa: precisaremos ter coragem. Coragem para mudar, para deixar o medo de sofrer. Precisaremos abrir mão do contrato. Será que é possível?

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